sexta-feira, 15 de julho de 2011

Era você

O beijo sem gosto tornou-me estranha
Minhas mãos deslizavam pelos lábios para tentar apagar o ato
Ainda com o gosto da tua boca
Mil pensamentos transfiguram-se em algum sentimento
Percorrir a cidade, e o calor deixado trouxe mais uma nova experiência
A convivência deu sabor ao que não tinha
Deu asas a quem não mais vivia
O que era estranho transformou-se mais do que um conhecido
As descobertas de muitos olhares e gestos conseguia definir um grande amor
Fomos pegos de surpresa
A força dos encontros revigoravam nossas almas
O errado se tornou o certo
O sentimento profundo invadia nossos peitos
Fazendo com que a mente perdesse de vista toda razão
Tudo parecia tão eterno, que já não precisava sonhar
Seu cheiro passou a ser minha rotina
Seu gosto passou a ser o alimento da minha vida
Sua presença passou a ser minha segurança
E a respiração dos meus dias: "ERA VOCÊ"

Kamikase Doce

Eu sou um Kamikase
Mas, ao mesmo tempo sou doce
Sufoco-me com minhas próprias emoções
Me mato a cada palavra não dita
Me suicido quando penso em mágoas

Eu sou uma Kamikase
Quando minha vaidade me cega
E o egoísmo toma conta de mim
Minhas gargalhadas soam ironia
Que por muitas vezes agoniam

Eu sou um Kamikase
O meu viver é impulsivo
No sexo eu domino
Tenho o dom de desgovernar
O que mais quero é amar

Eu sou uma Kamikase
Cada decepção é um tiro
As lágrimas transformam-se em raiva
Já não consigo pensar de forma racional
Depois o amargo vira banal
E aos poucos fico doce...