domingo, 9 de março de 2008

Verdade


Depois de ocorridos fatos do cotidiano e reflexões, resolvi escrever um pequeno texto sobre verdade. Como sempre, a filosofia mais uma vez está comigo! Incondicionalmente! E eu de mãos dadas com ela. Mas, claro que não esqueço da ciência!

"Verdade", uma palavra que se escreve facilmente, uma palavra difícil de conceituar. Ela está presente a todo tempo, a toda hora, a todo minuto, entre as pessoas e fora delas. Podemos pensar a verdade como algo demorado para muitos e bem rápido para outros.
Então, vem a pergunta: Por que a verdade é demorada para muitos? Porque as pessoas classificadas, como "muitos" acreditam cegamente na verdade dos outros? Por que a verdade é uma coisa escondida? Até que ponto acreditamos na nossa verdade? O que é verdade?
Falar sobre verdade, é praticamente estar colocando em ênfase, o seu "eu", a sua "verdade", a sua visão de vida, devido experiências vividas. A verdade aparece decorrente de fatos que aparecem aos seus olhos, depois de várias observações e conclusões. Por isso, costumo dizer que a verdade se processa como a ciência, por que envolve análises, hipóteses, conclusões, dentro do ambiente humano.
Por muitas vezes, nos deixamos enganar pela verdade dos outros. Mas, por que nos deixamos levar por essa falsa verdade? Por que acreditamos na verdade dos outros? Até que ponto somos ingênuos para perceber tal fato? Será que usar a intuição neste momento vale a pena?
A verdade dos outros vem à tona quando menos se espera. Essa verdade é suja, e tem o objetivo de prejudicar o seu "eu". A ingenuidade existe quando as pessoas se iludem com a verosimilhança dos fatos e das pessoas. Já outras, se apoderam do uso da intuição para duvidar da falsa verdade que se é apresentada.
Deixo aqui uma poesia sobre "verdade". Sentiu a carapuça?
A Verdade (Carlos Drummond de Andrade)
A porta da verdade estava aberta,
Mas só deixava passar
Meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
Porque a meia pessoa que entrava
Só trazia o perfil de meia verdade,
E a sua segunda metade
Voltava igualmente com meios perfis
E os meios perfis não coincidiam verdade...
Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta,
Chegaram ao lugar luminoso
Onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
Diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir quala metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela
E carecia optar.
Cada um optou conforme
Seu capricho,sua ilusão, sua miopia.


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