domingo, 24 de janeiro de 2010

Ovelha negra

É verdade nesta madrugada parei para escutar a música da cantora de rock Rita Lee, chamada "Ovelha Negra", e cada palavra desta canção me faz refletir sobre a trajetória da minha vida. Realmente, eu sou mesmo a ovelha negra da família. Não que eu queira que as pessoas me entendam como pessoa, e me tratem como eu gostaria. Eu gosto de viver, independente de religiões, e normas éticas da sociedade. Não obedeço as regras sociais, como o mundo deseja. Faço o que quero, o que gosto. Quero personalidade, quero me jogar de cabeça nas emoções, e minha lei é essa. A filosofia que sempre adotei foi essa. Pouco me importa o que os outros irão pensar. Elogios são sempre bem vindos, e as críticas todas eu tento relevar.
Se o hoje não foi como se esperava, paciência! Todos nós estamos em risco seja qual forem, teremos de enfrentar da melhor forma possível ou não. Ajo de acordo com as minhas vontades, e desejos, o impulso me leva onde eu quero, e é onde eu me satisfaço e sinto prazer. Não tenho culpa se sou pecadora, pois estou numa terra onde todos mordem a maça como Adão e Eva no início da criação do mundo. Não só a maça, mas a bebida é algo recriminada nesta terra bendita, e eu gosto.
Por muitas vezes a vaidade me atrai, mas na maioria das vezes o que realmente me faz virar a cabeça é a não vaidade, não gosto de imagem, gosto de essência. Um livro velho, um jornal internacional, uma roupa velha e surrada, uma música na qual eu considero inteligente, a tal ponto de me inspirar em meus textos. Talvez eu esteja em um corpo do qual nunca me pertenceu, pois a minha minha essência, é muito mais do que essa bela imagem que leva um colírio aos olhares pelos lugares onde passo. Nasci com uma revolta dentro de mim e não sei como tirá-la, e talvez eu nem queira mais fazer isso. Cada vez mais me decepciono como tudo a minha volta, luto contra, mostro minha máscara, imponho meu lugar. Não quero ser o melhor exemplo social, e muito menos o pior, desejo ser o exemplo mais neutro.
Tenho que assumir que a disputa pra mim é uma sina. Sem ela minha vida não tem graça. Mas, a disputa da qual me refiro é algo saudável a vida de todos os seres que se consideram" humanos". É a disputa com ar de conquista e de gozo, seja ele qual for e como for. Eu sou um animal e sempre estou pronta a satisfação dos meus desejos, por muitas vezes não tenho limite, e quero sempre mais, muito mais. Sou complexa, posso está no inferno, mas posso também chegar no ceú em questão de segundos e feliz.
A carne me inspira e me excita e levo meus pensamentos muito acima do que minha capacidade humana, assim acredito. Eu sempre gosto de deixar marcas, de qualquer forma. A coisa cravada é sempre lembrada e por isso eu necessito disso. Talvez eu não seja como a educação que meus pais me ensinaram, como os aprendizados que absorvi nas escolas na qual frequentem por muitos anos, mas infelizmente eu não faço questão de ser nas normas que eu fui inserida.
Também não tenho culpa se eu gosto da agressividade de todas as noites, e isso já virou um vício. Quero viajar nas noites até o limite do ceú. Mas, tenho que me contentar pois eu não sei até onde vai esse limite, e possa ser que ele nem tenha um para realmente se chegar.
A leitura faz parte do meu cotidiano, a coca-cola bem gaseficada, uma madrugada eterna de reflexão, um bom papo dependendo com quem seja e de quais idéias são e serão discutidas. E quem sabe um vinho doce tinto gelado, e logo em seguida um sexo apaixonado sem contratos ou promessas.

Um comentário:

Dona Preta disse...

Afffffffffffffffff!! Esse fim aí hummm até eu vou pegar (risos) A menina voltou de sampa inspirada, filosofica e coisa tal. Manda vê que sou sua leitora assidua. Xero e bjos