terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Advém da arte



Minha vida é uma obra de arte.
Desenho, pinto, escrevo, falo, canto, amo.
Mas, o desenrolar desse desenho é complicado.
A pintura vem como uma dúvida terrível.
A escrita um alicerce do meu desabafo.
O falar reproduz o meu.
Canto pra a tristeza espantar.
Amo, amo tanto, que crio mais artes.
Dependo das minhas obras para exacerbar.
O que quero, o que não quero.
Sem seguir uma determinada direção.
Sem seguir uma linha reta.
Traços desobedientes, desses sim vivem minhas artes.
Não existe um padrão, uma regra, uma política.
A favor sempre da mão e das vontades livres.
Pra quem é artista não tem censura.

O presente



Sem pré-meditar caminhei numa direção. Lembrei-me do presente. Andei, voltei, pensei naquela estação rodoviária. Muito louco pensar em presentear alguém que não é seu. Várias imagens de objetos vinheram na mente, isso me rendeu uma confusão mental. Estranho presentear um alguém que não participa do seu cotidiano, mas, que está presente em alguns relances da sua vida. Difícil adivinhar do que o mesmo poderia gostar, imagina escolher a essência do presente. Não! Não é perfume!, são meros chocolates, com gosto de conhaque, e outros com gosto de licor com cereja. 
Sem muitos trocados na mão no momento, mandei preparar uma cesta enfeitada, recheada de chocolates finos, embalagem bonita, laços amarelos, etc. Enquanto observava o processo do embalar, idéias a respeito desse alguém perpetuava na minha cabeça. Me perguntava milhões de vezes se o presente iria atendar as expectativas. Às vezes sinto-me numa novela mexicana. Faço coisas que nunca fiz, penso coisas que nunca pensei, dou sorrisos de uma forma que nunca pensei em sorri. Mas, tudo é questão de viver, provar, experimentar. Agora, o presente da embalagem bonita, está numa sacola bem perto de mim. Vou acordar e dormir com ele ao lado. Mas, o dono está prestes a busca-lo. E ele vem...
Ele vai chegar na minha porta, sem avisar. Devo ganhar uma garrafa de vinho, como sempre. E um sorriso tipo aquele "coração vagabundo".  Um jeitinho de menino que sabe me cativar. Um menino que se mostra inocente, e na verdade me dobra como um papel. Me arrasa, me ama, me destrói, e pior me apaixona.

Pequeno desabafo



Seu beijo não é qualquer beijo.
Seu toque não é qualquer toque.
Seu sorriso não é qualquer sorriso.
Seu abraço não é qualquer abraço.
Vivo num eterno sonho.
Um tal de querer te amar.
Você me ama como um príncipe.
E me destrói como um vulcão.
Ando na sua espera.
Ou lá ou aqui no meu pensamento está você.
Finjo não sentir a falta.
Mas, lá dentro ele chora, o meu coração.
Onde já se viu? Desejar metade de uma outra metade.
Sendo que tenho uma metade.
Chocolates penso em te dar.
Sinto-me numa contagem regressiva.
Tentar te conquistar em dias.
Não posso te perder.
Ainda assim, sei que tens um sentimento por mim.
Confusão tremenda essa nossa vida.
Você entra no barco, e eu entro logo em seguida.
Você me olha, eu te olho.
Eu te olho, você me olha.
E de repente nunca sabemos o que fazer.
A única certeza que temos é que logo em seguida vamos nos amar eternamente.
Não suportaria jamais sair sem tentar.
Apesar de saber, que posso sair a qualquer momento.
Mas, jamais dessa luta, saio sem antes tentar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Papel sujo


Por que precisamos do dinheiro? Sempre faço-me esta pergunta. Suamos para consegui-lo, alguns nem fazem esforços para tanto. Por conta de um papel sujo, e que nos dá poder, se sentimos auto-suficientes para obter o que desejamos, e que muitas vezes não satisfazem nossos prazeres da forma que queríamos.
É verdade...o capitalismo selvagem nos deixa dependentes totalmente do mesmo, transforma personalidades, uma má influência sobre os seres humanos. Normalmente ouvimos alguém dizer "dinheiro não é tudo na vida", mas a realidade é inversa nesse mundo, dinheiro é sim tudo na vida, pois sem ele não somos nada diante da sociedade, não somos ninguém, não temos nada, não nos sustetamos, além do quê tratando-se de auto-estima ficamos vazios por não ter dinheiro para preencher nossos dias. Não desmerecendo o sentimento em relação nossos familiares e amigos, mas infelizmente necessitamos desse infeliz papel.
O dinheiro conquista pessoas, nos oportuna adquirir coisas materiais que sempre sonhamos, transformamos corpos e personalidades da qual nunca fomos. Se esse papel é uma fraude, imagina nós mesmos? O capitalismo selvagem nos cega, nos torna egoístas, nos faz pensar que tudo na vida é uma troca, "você paga com o papel, e recebe nas mãos um objeto", o que mais o homem pode inventar?
Esse sistema de mercado me cansa...essa dependência é desanimadora...enquanto o mundo precisa do calor humano, as pessoas cada vez mais pensam no dinheiro.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Eu, simples assim...


Sou mais uma herdeira desse mundo globalizado, dependente do capitalismo selvagem.
Uma transgressora de leis quando se trata de um bom coração.
Um ser que dita frases subentendidas. Faz perguntas, ao invés respondê-las.
Sou uma breve observação numa pequena brincadeira.
Considero "limite" um item banal, "fazer" uma arte.
Sou uma caixinha de segredos, um túmulo, ao mesmo tempo uma pedra.
Mansa como a maré, terremoto quando se é necessário.
Necessito do contato com qualquer ser vivo, até aqueles menos operante.
Preciso viver com a mesma liberdade que sobrevive dentro de mim.
Contagio todos com alegria e amor, assim os dias se tornam perfeitos.
Por vezes, não exalo pensamentos em palavras, mas atitudes exalam a essência que permanece.
Poesia, música, livros, interações de qualquer tipo me inspiram.
Sou uma sensibilidade oculta, que só é percebida quando há contato.
Arrependimento, não é para se pensar, e nem ser lembrado, é pra ser esquecido.
Troco uma briga por um sorriso.
Aprecio o belo, as paisagens, as estrelas, o sol.
Um ser vaidoso, encantador. Uma humildade inexplicável.
Um ser sem apego ao material, e corrente do emocional.
Valorizo as pessoas e tento compreendê-las cada uma delas.
Luto pelo que quero, não desisto facilmente de um objetivo, mesmo que esse possa demorar séculos. Paciência, és a minha palavra.
Um tsunami interno, mas um riacho exterior.
Dotada de sentimentos verdadeiros e sinceros.
Apaixonada pela vida, e sobrevivente do amor, pois esse é meu alimento.
Me calo, quando necessário.
Me expresso, quando tenho espaço.
Não julgo aquilo que não vejo, apenas o que vejo.
Gosto de penetrar nas entrelinhas nem que seja por uma palavra ou outra.
O mistério me atrai, me faz fixar pensamentos e olhos no algo observável.
Me comunico, através dos olhos, esses sim, são espelhos da minha alma.
Aborto qualquer tristeza todos os dias.
Não tenho vergonha de chorar, perder. Mas, sinto-me vitoriosa quando ganho e conquisto.
O conquistado sempre tenho como um imã que me dá forças a cada amanhecer.
Não almejo ser conquistada, e sim conquistar.
Palavras me seduzem, mas atitudes me ganham.
O inesperado me chama.
Não resisto ao imprevísivel.
Não calculo o tempo.
Tempo pra mim é consequência, e ele é infinito.
Enquanto estou a gargalhar, analiso detalhadamente cada pessoa e situação. Então, socializo.
Socializo, apenas o que quero. O que não quero não precisa ser divulgado.
Não quero e nem penso estar na mídia, mas sim deixar bons sentimentos nas pessoas que amo.
Não queria ser mais uma...queria ser "uma"...
Filosofo a vida, os dias, os amores, navego num dicionário metafórico, mas acho mesóclise um charme, "beijar-te-ei".
Sou pura filosofia...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Texto sem fim

Cada paixão uma página rabiscada. Escrava do amor, eu sou. Mistérios, frases subentendidas, sinais ocultos, tudo atrai. Movida aos amores, coisas proibidas, lugares com semi-luzes, velas, sem nenhum pudor. A paixão me inspira, as pessoas são objetos dos meus poemas. Descubro, sinto, escrevo, és minha forma de viver. Trato experiências como eternas, ou seja, como algo muito além do que o momento, um algo chamado espiritual, mas ao mesmo tempo, sinto-me como uma analista da raça humana. Testo, experimento, pesquiso, analiso, observo, e nunca concluo. São muitas as diferenças, não chego a nenhum senso final. É um vício interminável. Quando penso que me aproximo do senso final, surge características novas para fazer parte de um conjunto de saberes adquiridos ao longo dessa minha jornada.
Sinto-me diferente das outras mulheres. Não que falte algo em mim. Mas, ainda sim, percebo nas diferentes essências muita coisa para ser estudada. Sofro da velha síndrome do "descobrir", do "conhecer". Meus olhos são meus instrumentos fundamentais, os detalhes são como peças da imagem visual que assim vou dando significados, e diretrizes de um comportamento no qual chamam a minha atenção.
Não acredito, todos me fazem mover os olhos. Por muitas vezes sem motivos ou não, me pego entranhando minha visão nas pessoas. E dos olhos, segue o sentir. No meu sentir há outros "sentires", cada um bem diferente do outro. Encontro-me numa variedade imensa do "sentir". E só alguns me fazem balançar. Nem tudo que é bonito visualmente, é bonito no sentimentalmente. Às vezes, o bonito é feio, e o feio é bonito. Complexo me entender, e toda essa raça humana.
Não termino esse texto...

Eu e ele, Ele e eu

Uma interrogação, um mistério
Algo que sempre quis desvendar
Suave como uma brisa
Penso que vivo num sonho
Eu e ele
Ele e eu

O abraço desejado
O beijo delicado
Rosto de criança
Corpo de homem
E na varanda...
Eu e ele
Ele e eu

Convidas com o vinho
Espero do imprevisível
O corpo de ponta a cabeça
Sentimentos variados
Eu e ele
Ele e eu